quinta-feira, 5 de maio de 2011

Inverno chegando e  o  mundo mudando de volta.
Cá estou eu observando e esperando alguém a se aventurar a ter coragem de perguntar a mim. Não cobro tanto assim, nem preciso, mas a pessoa deve sempre perder algo precioso a seus olhos. Via de regra. Nada dado por acaso tem muito valor.
As poucas pessoas que se aventuram a buscar-me,vem com a maior das consistências,querem saber o que são, quem são. O que acontecera. Ou então a pior das inconsistências, querem saber o que terão.
 Qual a diferença entre elas?
 Enorme
 Ser  é mais valioso do que ter.
 Sempre a estes, que buscam ser, respeito.
 Onde minha visão é mais afiada, mais interessante. Canso de ver gente em busca de si mesma. E isso não muda. Canso de ver a busca de si mesmo nos outros.
 Grande tolice!
 Somos únicos, podemos no Maximo dividir espaços que o senhor dos tempos dá em abundância, mas apenas isso. Cada caminhada é feita solitária. Esse é o destino de cada um, onde se começa cada trama pessoal, na solidão. E onde a mesma termina.
 As moiras são sempre precisas com cada pessoa. São justas, mesmo que não as compreendamos. Elas não têm culpa alguma pelo que tecem. Apenas o tecem.
 Nem os Deuses  se permitem duvidar da exatidão disso.
 Sabem que de nada adiantaria.
 Zeus sabe disso. E todos os demais sabem.
 O homem  é quem deveria aprender essa lição. Dentro de si esta seu maior destino. Ele poderia conduzi-lo se não se perdesse em futilidades. Poderia ser melhor, sem precisar de minhas visões.
 E ainda assim espero por eles.
 São crianças em todos os estágios. Mesmo me irritando deveras, os amo, como os Deuses  o fazem.
 Estou presa entre essas duas verdades: Deuses e homens
  Não me sinto parte de nenhum deles, não SOU.
 Estou entre ambos e não  mais que isso. Temporário diria se isso não fosse uma tremenda ironia das fiandeiras.
Responde-me você, o que te é realmente importante a ponto de vir me procurar?
 Você ser ou estar?
 Ter ou ser?
Se conseguir descobrir saia sem pagar. Não te cobrarei a tua verdade.
 Ela é algo que lhe valerá a vida toda se a aplicar.
 Lembre que ser pode não mudar nada, mas estar... Muda sempre.
Ter então muda tão rápido que nem o tempo se digna a contabilizar isso.
Lembre também que tudo deve ser dosado até mesmo a consciência de ser algo ou alguém. Olhem Narciso foi ofensivo ao extremo e morre e mora em seu próprio reflexo, egoísmo de si mesmo. Ele nunca está ele apenas é... Meio sem graça isso.
 Lembrem que ser é intransitivo. Estar depende de modo, de lugar...
Não conto nada de tão incrível assim. Apenas conto algo que somente se parar e analisar verá milhões de novas conclusões e cada uma destas é sua.
 Divirta-se tentando descobrir quem você é.  Muito melhor e mais interessante do que você está.
Quando somos, seguimos os ditos de Apolo no oráculo de Delfos: Na entrada conhece a ti mesmo, na saída se ajuste a medida justa.  

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